Arquivo mensal: fevereiro 2016

Trilho dos Moinhos’16

IMG_20160229_180553 Barcelos assume um lugar especial no meu mapa betetista. Foi nesta cidade minhota que em Setembro de 2012 me lancei no BTT de corpo e alma. Desde a estreia, na Maratona dos 5 Cumes, já se sucederam vários regressos ao “local de nascença”, não só em repetidas presenças nesse evento em particular, mas também na participação no Trilho dos Moinhos, na sua edição de 2013.

Após um ano de 2015 sem participar nos eventos dos Amigos da Montanha imperava matar saudades dos trilhos barcelenses e dos seus montes.

As memórias de 2013 recordavam-me um percurso onde os moinhos eram os reis, estando eles activos ou em ruínas. Este ano, fiquei com a sensação que passaram  um pouco mais despercebidos.

Como é apanágio do Rota da Rolha BTT chegámos à zona de partida a escassos dois minutos do início da prova, mas bem a tempo de rever um velho conhecido, o Paulo Costa, que no ano anterior acompanhou os dois bravos rolhas pelo Caminho Português de Santiago.

A primeira dezena de quilómetros rolou pelo alcatrão e pelos paralelos de Barcelos, numa tentativa de esticar o pelotão de cerca de 1200 atletas. Mas, com meia dúzia de metros percorridos no mato, surgiu o primeiro engarrafamento. Um segmento de calçada romana em precário estado serviu de travão a muita gente e aumentou a impaciência de muitos que, subitamente, se viram ladeados de betetistas transpondo o obstáculo a pé.
Mas, havia ainda cerca de 3/4 do percurso para desfrutar, por isso não havia razões para mau humor precoce.

De monte em monte, fomos somando quilómetros pelos trilhos barcelenses, ora bastante rolantes, ora pejados de pedras, ora inundados de lama.
A muita chuva dos últimos dias fazia antever trilhos lamacentos, o que foi um facto, mas felizmente foram só alguns troços.

O monte d’Assaia serviu de palco para alguns dos melhores momentos do Trilho dos Moinhos. Depois de um reforço composto pelas tradicionais bolas de berlim, além de frutas e líquidos, chegaram os aguardados singletracks.  Um belo serpenteado entre eucaliptos, pautado aqui e ali por zonas mais técnicas de pedra e lama, fizeram as delicias de quem se deslocou a Barcelos.
Já na aproximação final à cidade houve ainda tempo para um último singletrack, desta feita, numa das margens do rio Cávado.

Mais uma vez os Amigos da Montanha demonstraram a sua capacidade e a sua qualidade organizativa com um percurso bem marcado e vigiado (cruzamentos), com a animação na zona de partida/chegada, banhos com boas condições e mantendo a tradição da bifana e da bebida no final.

É sempre bom voltar a casa.

Ricardo Marques
28/02/2016

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