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Rota de Souto’16

_20160719_234741Parece que se passaram séculos desde a última participação numa prova de BTT. O enguiço de lesões que, nos últimos tempos, assolou alguns elementos da equipa, aliado a indisponibilidades várias, obrigaram-nos a uma breve pausa no panorama betetista.
Diz o ditado que “não há fome que não traga fartura” e nós queremos fazer jus a essas sábias palavras.

Depois de no mês anterior termos percorrido os 250 kms do Caminho de Fátima, ao longo de três etapas, decidimos que o mês de Julho era merecedor de uma prova de BTT.
Para “apadrinhar” o regresso optámos pela IV Rota de Souto, em S. Miguel de Souto, às portas de Santa Maria da Feira. Seria uma estreia absoluta neste certame. Bom, para ser sincero, tratou-se de uma “meia estreia” pois, em Dezembro último, recorremos ao track de GPS da edição de 2015 para nos servir de palco ao nosso convívio de Natal. Como gostámos dos trilhos decidimos voltar, agora mais “a sério”.

E que bela comitiva se apresentou em terras de Souto! Nada mais nada menos que sete elementos, entre os quais um estreante nas lides betetistas.

Apesar de o nosso “feirense” ter realizado o levantamento dos dorsais no dia anterior à prova, como é nossa imagem de marca, arrancámos bem na cauda do pelotão. Atrás de nós estariam meia dúzia de bicicletas apenas.
Ainda antes da partida, o pároco local procedeu à cerimónia da bênção das bicicletas. E bem precisaríamos dessa bênção para enfrentar os quarenta quilómetros, com cerca de mil e cem metros de acumulado de subida.
Para apimentar ainda mais estes dados havia a “guerra” entre S.Miguel e S.Pedro. Enquanto que o primeiro nos presenteava com o pó nos trilhos, o segundo brindava-nos com muito calor.
Como forma de compensar estas dificuldades fomos surpreendidos por trilhos fantásticos, rasgados nos bosques circundantes e pejados de motivos de adrenalina. E houve de tudo um pouco: chicanas entre o arvoredo, subidas exigentes, descidas supersónicas e bons singletracks. Mesmo a estrada, por vezes, oferecia-nos obstáculos, nomeadamente paredes para trepar.
Por outro lado, a estrada trazia a energia dos populares, que vibravam bastante à nossa passagem. Alguns elementos do Rota da Rolha BTT receberam o incentivo popular em estado líquido, através de vinho e champanhe.

A organização está de parabéns pelo certame apresentado pois, no somatório dos pontos chave, esteve bastante bem: a presença de fotógrafos foi bastante evidente ao longo do percurso, assim como de elementos do staff nos cruzamentos; a nível de sinalização achámos que estava presente de forma abundante e eficaz; o reforço não era muito abundante em variedade mas cumpriu a missão e, além disso, houve dois durante o percurso; os pontos de água também foram em grande número, um elemento fundamental para vencer o calor; a lavagem das bicicletas e até mesmo o almoço. Relativamente ao percurso, tínhamos como referência o percurso da 3ª edição, e fomos completamente surpreendidos pela positiva.

Regressámos com um mega empeno, mas regressámos contentes.

Ricardo Marques
2016/07/17

 

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