Raid das Masseiras’14

Menos de um mês após a última aventura do Rota da Rolha BTT, por terras de Mira, regressámos aos trilhos com a já clássica participação no Raid das Masseiras. Este ano o Rota da Rolha BTT esteve presente com oito elementos. Nesta minha terceira participação consecutiva, o cenário de partida regressaria à freguesia da Estela, mais concretamente ao campo de futebol local. A meu ver, a mudança foi positiva depois da má experiência do ano transacto.

O incessante inverno resolveu adormecer e ofereceu-nos uma semi-trégua, mas os estragos no traçado estavam visíveis aos olhos de todos. Por esse facto, a organização decidiu alterar um pouco o percurso devido a alguns troços estarem intransitáveis. Atendendo ao estado em que estavam algumas partes do percurso, nem quero imaginar como estariam as que foram eliminadas. Portanto, para compensar a baixa altimetria dos dois traçados (trinta e cinquenta quilómetros) tivemos lama, lama, areia, muita água e lama!

Como já é apanágio partimos quase na cauda do pelotão. O arranque foi algo confuso, como seria de esperar, com os cerca de novecentos betetistas a tentarem alcançar uma boa posição. Senti algumas dificuldades, nos primeiros quilómetros, em encontrar o meu ritmo devido à falta de aquecimento prévio. Só por volta dos quinze quilómetros comecei a rolar a um bom ritmo. Quando cheguei ao reforço contava já com cerca de uma hora e meia, o que não era um registo por aí além. Mas, à chegada à divisão dos percursos não queria fazer apenas mais cinco quilómetros, por isso optei por fazer a meia centena. Daqui em diante o traçado não mudou muito. Continuámos a ter a companhia da areia, da água e da lama, mas com o agravante de em certos momentos pedalarmos contra o vento. Só por volta do quilómetro quarenta e seis encontrei um companheiro de equipa, o Mota, e acabámos por chegar ao mesmo tempo. Pelos vistos já tinha passado pelo Hélder, mas não me tinha apercebido.

A escolha dos cinquenta quilómetros acabou por se revelar um bom treino para o passeio anual deste ano. Tal como já tinha previsto, este evento marcou o fim de vida de alguns componentes da minha bicicleta, tais como, corrente, cassete, pratos dianteiros, pastilhas do travão traseiro e rodízios do desviador traseiro. Alguns destes itens ainda eram os de origem e já estavam mesmo a pedir reforma.

Quanto à organização esteve, como é habitual, à altura das exigências. O percurso estava muito bem marcado e, ao contrário do que é tradição, não houve ladrões de fitas, o reforço estava bem situado e recheado, os banhos das bikes estavam com pouca pressão, mas os nossos estavam suficientemente bons e, como não podia deixar de ser, não faltaram as famosas febras e os produtos hortícolas no final. Mais uma vez a Bike Service está de parabéns!

Em relação aos elementos do Rota da Rolha BTT, todos estão de parabéns pelos desempenhos, quer os quatro que fizeram os trinta quilómetros, quer os restantes que optaram pelos cinquenta.

Ricardo Marques
03/02/2014

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